SALINAS / MG - quinta-feira, 18 de abril de 2024

INTERESSANTE

    BJOG: fumar durante a gravidez causa dor pélvica

BJOG: fumar durante a gravidez causa dor pélvica

Nova pesquisa, a ser publicada no BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology, mostra que fumar durante a gravidez1 pode resultar em dor pélvica em algumas mulheres, além dos demais malefícios já conhecidos para a saúde da mãe e do bebê.

A dor pélvica é muito comum na gestação, ocorrendo mais comumente no segundo trimestre. Ela é diferente da dor pélvica crônica, a qual é uma condição médica que pode acontecer em qualquer momento da vida de uma mulher e está geralmente relacionada à endometriose2, doença inflamatória pélvica3 e depressão. Quando ocorre durante a gravidez1, na maioria das mulheres a dor desaparece após o nascimento do bebê, enquanto em outras pode se tornar crônica.

Pesquisadores dinamarqueses fizeram um estudo caso-controle com 4.994 participantes (2.302 casos e 2.692 controles). As mulheres foram entrevistadas por duas vezes antes de engravidar e em duas ocasiões após o nascimento dos bebês4. Foram questionadas sobre o hábito de fumar durante a gestação e o nível de dor que experimentavam enquanto faziam atividades como virar-se na cama, levantar de uma cadeira, subir escadas, etc. A dor foi avaliada em moderada (dor sentida ao realizar uma função diária) ou severa (dor sentida ao realizar duas ou mais funções diárias).

Os pesquisadores observaram que as mulheres fumantes eram mais prováveis de apresentar dor pélvica, principalmente aquelas que fumavam mais. Este é um novo achado que pode representar mais uma consequência negativa de fumar durante a gestação. A hipótese é de que o fluxo sanguíneo reduzido aos tecidos próximos às articulações da cintura pélvica possa ajudar a explicar porque esta dor é mais frequente em fumantes e, dentre elas, naquelas que fumam mais.

Fonte: BJOG e Royal College of Obstetricians and Gynaecologists

 

 

 Gestantes devem consumir pelo menos duas porções de peixe por semana, diferente do que é recomendado pelo governo no Reino Unido atualmente, segundo grupo de nutricionistas

A+ A- Alterar tamanho da letra
Gestantes devem consumir pelo menos duas porções de peixe por semana, diferente do que é recomendado pelo governo no Reino Unido atualmente, segundo grupo de nutricionistas

Gestantes devem ser encorajadas a consumir pelo menos duas porções de peixe por semana para reduzir o risco de seus filhos desenvolverem doenças cerebrais, de acordo com um grupo de nutricionistas.

O consumo de peixes entre mulheres em idade reprodutiva é restrito devido a observações relacionadas à presença de contaminantes potenciais nos peixes, como o mercúrio e as dioxinas.

Os nutricionistas temem que o conselho atual do governo do Reino Unido para as mulheres, recomendando que elas comam não mais do que duas porções por semana, esteja causando um aumento nas doenças cerebrais nas crianças, já que esta quantidade é insuficiente para fornecer este nutriente. Eles alegam que as pesquisas recentes mostram que o ômega-3 encontrado nos peixes, conhecido como ácido docosahexanóico, é essencial para o funcionamento apropriado do cérebro, para o seu crescimento e desenvolvimento.

Este grupo de nutricionistas acredita que as mulheres devem comer pelo menos três porções de peixe por semana.

Em conferência na Royal Society of Medicine, em Londres na semana passada, o Professor Jack Winkler, diretor da Nutrition Policy Unit na London Metropolitan University, disse que os benefícios do óleo de peixe ultrapassam de longe os riscos do consumo.

Estudo publicado no The Lancet, em 2007, com cerca de 12 mil grávidas, mostrou que aquelas que consomem até 340 gramas de peixe por semana, o que é equivalente a duas porções e meia, têm bebês1 com risco aumentado de ter baixa compreensão de linguagem. E conclui que os riscos da perda dos nutrientes existentes nos peixes são maiores que os malefícios dos contaminantes neles contidos.

O professor Michael Crawford, diretor do Institute of Brain Chemistry and Human Nutrition da London Metropolitan University, diz que “diferente das outras partes do organismo, o cérebro precisa de gordura2 para crescimento e desenvolvimento”. O professor ainda comenta que a menos que haja uma mudança no conselho nutricional atual, as doenças mentais continuarão a crescer em níveis alarmantes.

Um orador da Food Standards Agency disse que o conselho atual para consumo de peixes por gestantes é baseado em uma revisão de 2004 envolvendo dois estudos científicos independentes que pesaram os benefícios nutricionais do consumo de peixe e os possíveis riscos para a saúde. Estes estudos incluem gestantes e lactantes3.

Fonte: Telegraph.co.uk